A história do município de Alagoinha do Piauí começou com a ocupação de terras para a agropecuária, característica da expansão territorial no estado do Piauí. A região era originalmente um local rural pertencente ao município de Picos, e seu desenvolvimento ocorreu em torno da agricultura de subsistência e criação de animais, atividades econômicas predominantes na região do semiárido nordestino.
Inicialmente, a área era ocupada por fazendeiros e famílias que se dedicavam à lavoura e à pecuária. Essas famílias se estabeleceram em pequenas propriedades rurais, formando uma comunidade que cresceu em torno dessas atividades. O nome “Alagoinha” surgiu por causa das pequenas depressões no solo que formavam alagados temporários, especialmente em épocas de chuvas, características da região.
A população local começou a aumentar à medida que novas famílias migravam para a área, em busca de terra para o cultivo. Com o passar dos anos, o povoado foi se expandindo e ganhou uma importância regional maior, especialmente por sua localização estratégica nas proximidades de Picos, que já era um importante centro urbano do interior do Piauí.
Processo de Emancipação
O movimento de emancipação política começou a ganhar força na década de 1980, impulsionado pela crescente demanda dos moradores por autonomia administrativa. O município de Picos, ao qual Alagoinha ainda pertencia, já era muito extenso, e as localidades mais distantes, como Alagoinha, enfrentavam dificuldades para receber serviços e apoio público adequado.
Após mobilizações políticas e sociais, Alagoinha foi emancipada de Picos e se tornou oficialmente um município em 29 de abril de 1986, por meio da Lei Estadual nº 4.017. A criação do município foi um marco importante para os moradores, pois passou a contar com gestão própria e investimentos locais em infraestrutura, educação e saúde.
Primeiros Gestores e Desafios
Após a emancipação, a nova administração local enfrentou desafios típicos de municípios pequenos e recém-criados, como a falta de infraestrutura adequada, serviços públicos limitados e a necessidade de fortalecer a economia local. Os primeiros gestores concentraram-se na melhoria das estradas, na construção de escolas e postos de saúde, além de fomentar atividades agrícolas.
Ao longo dos anos, Alagoinha do Piauí se consolidou como um município agrícola, onde a agricultura familiar e a pecuária continuam sendo as principais fontes de renda para a maioria da população.