Piauí sanciona Política Estadual de Segurança do Paciente e muda regras para hospitais públicos e privados

Nova lei obriga núcleos de segurança, notificação de erros e capacitação contínua, alinhando o Piauí às normas da OMS e do Ministério da Saúde.

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Por Redação Piauiense

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Piauí institui política inédita que torna obrigatórios núcleos de segurança e registro de incidentes em todos os serviços de saúde do estado.

O Governo do Piauí sancionou a Política Estadual de Segurança do Paciente (POESP/PI), uma nova regulamentação que muda a rotina de hospitais, maternidades, clínicas e unidades básicas de saúde em todo o estado. A lei, publicada em 4 de dezembro de 2025, estabelece diretrizes obrigatórias para reduzir riscos, prevenir erros e melhorar a qualidade do cuidado, seguindo padrões da OMS e da Anvisa.



Pontos-chave da Política Estadual de Segurança do Piauí

• Núcleos obrigatórios em hospitais, clínicas e UBS.
• Notificação de erros sem caráter punitivo.
• Treinamento permanente das equipes.
• Participação ativa de pacientes e familiares.
• Comunicação aberta em caso de erro.
• Monitoramento centralizado pelo NEGESP/PI.


Piauí cria Política Estadual de Segurança do Paciente e impõe novas regras para todos os serviços de saúde

A POESP/PI se aplica a todas as redes, incluindo unidades públicas, privadas, filantrópicas, civis, militares, instituições de ensino e pesquisa. A política transforma a segurança do paciente em prioridade estratégica da gestão estadual, aproximando o Piauí das diretrizes nacionais e internacionais de atenção segura.


O que muda com a nova lei

A política estabelece um conjunto de práticas obrigatórias para prevenir falhas assistenciais, reduzir eventos adversos e melhorar a transparência no atendimento.

Núcleos de Segurança do Paciente se tornam obrigatórios

Cada unidade de saúde deverá manter um Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) responsável por:

  • planejar ações de prevenção;

  • monitorar eventos adversos;

  • implementar protocolos;

  • avaliar riscos estruturais e clínicos.

A medida coloca o Piauí em linha com a RDC 36/2013 da Anvisa, que trata da gestão de risco em serviços de saúde.


Notificação de erros e incidentes passa a ser obrigatória

Quedas, erros de medicação, falhas de procedimento, infecções e eventos adversos deverão ser registrados e comunicados.

A lei adota o modelo de notificação educativa, sem caráter punitivo, estimulando a cultura de segurança e o relato transparente.


Capacitação contínua das equipes de saúde

A Escola de Saúde Pública do Piauí será responsável por qualificar médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas e demais profissionais.

Os treinamentos incluirão:

  • práticas baseadas em evidências;

  • protocolos de risco;

  • comunicação segura;

  • medidas de prevenção de infecções e erros.


Participação ativa do paciente e da família

A POESP/PI incentiva que pacientes e familiares:

  • participem das decisões de cuidado;

  • identifiquem riscos;

  • recebam informação clara em caso de incidente;

  • sejam acolhidos em situações de erro ou falha assistencial.

Essa diretriz segue a cartilha da OMS sobre engajamento do usuário.


Transparência e comunicação aberta em caso de erro

A lei determina a adoção de comunicação aberta, garantindo transparência quando um evento adverso ocorre. A orientação ao paciente deve:

  • explicar o ocorrido;

  • apresentar medidas de mitigação;

  • registrar o fato em relatório oficial.


Criação do NEGESP/PI e monitoramento em todo o Estado

A Secretaria de Estado da Saúde criará o Núcleo Estadual de Gestão Estratégica em Segurança do Paciente (NEGESP/PI), que:

  • coordenará a política;

  • receberá notificações;

  • padronizará indicadores;

  • divulgará relatórios periódicos.

Os municípios também deverão estruturar seus próprios núcleos, integrados ao sistema estadual.

Perguntas & Respostas

O que muda na prática para quem usa o SUS no Piauí?
O paciente passa a ter mais proteção, mais informação, mais transparência e equipes treinadas para prevenir erros — desde uma simples medicação até cirurgias complexas.
A lei também vale para hospitais particulares?
Sim. A POESP/PI é obrigatória para clínicas e hospitais privados, filantrópicos, militares e civis. Nenhuma unidade de saúde fica isenta.
A notificação de erros pode prejudicar profissionais?
Não. A lei segue padrão internacional e foca em educação e prevenção — não em punição. O objetivo é evitar que erros se repitam.

O QUE VOCÊ ACHA?

Você aceitaria que erros em hospitais fossem escondidos — ou acredita que transparência total é a única forma de garantir segurança no atendimento?

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