MP-PI pede condenação e multa de R$ 500 mil a empresário acusado de adulterar combustíveis no Piauí
MP-PI denuncia empresário e responsável técnico por adulteração de combustíveis na operação Carbono Oculto 86; multa pedida é de R$ 500 mil em danos coletivos.
Por Redação Piauiense
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O Ministério Público do Piauí (MP-PI) denunciou o empresário Haran Santhiago e o responsável técnico João Revoredo por adulteração de combustíveis em um posto de Lagoa do Piauí, solicitando ainda uma multa mínima de R$ 500 mil por danos morais coletivos. O caso integra a operação Carbono Oculto 86, que investiga crimes ligados à fraude, lavagem de dinheiro e atuação de facção criminosa no estado.
POSTOS HD
Promotor José William detalha denúncia contra empresários investigados na operação Carbono Oculto 86, que apura fraude e adulteração de combustíveis no Piauí.
MP-PI pede condenação de empresário por adulteração de combustíveis e multa de R$ 500 mil
O Ministério Público do Piauí apresentou denúncia contra o empresário Haran Santhiago e o responsável técnico João Revoredo Filho, acusados de adulterar combustíveis no Posto HD 11, em Lagoa do Piauí. O caso faz parte da operação Carbono Oculto 86, que investiga fraudes no mercado de combustíveis, lavagem de capitais e participação de grupo criminoso.
Segundo o promotor José William, subcoordenador do GAECO, a adulteração foi confirmada após denúncias, fiscalizações do Procon, análises do MP e perícias da Polícia Civil.
Como funcionava o esquema de adulteração
A investigação apontou que o posto manipulava combustíveis e redistribuía o produto adulterado para outros estabelecimentos do Piauí.
Proprietário e responsável técnico agiam em conjunto
O MP afirma que Haran Santhiago, proprietário do posto, sabia e participava das irregularidades.
Já João Revoredo, responsável técnico, admitiu orientar funcionários e realizar testes de qualidade, o que reforça sua presença ativa no esquema.
O promotor destaca:
“Ficou comprovado que tanto o proprietário quanto o administrador tinham participação ativa na adulteração e revenda desses combustíveis.”
Confissão parcial e tentativa de acordo
Durante a investigação, João Revoredo teria reconhecido falhas e irregularidades, inclusive durante tentativa de firmar um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP).
Proprietário nega adulteração
Haran Santhiago, porém, negou os crimes durante todo o processo, recusando qualquer responsabilidade.
Segundo o MP, o ANPP só é possível se houver confissão total, ausência de reincidência e aceitação das condições impostas. Como os requisitos não foram atendidos, o acordo não avançou.
Multa de R$ 500 mil e responsabilização
O MP-PI pede:
Condenação criminal de Haran Santhiago e João Revoredo
Pagamento mínimo de R$ 500 mil em danos morais coletivos
Destinação do valor ao Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor
O órgão orienta consumidores lesados a ingressar com ações individuais ou coletivas para buscar ressarcimento financeiro.
Investigações continuam
As denúncias foram separadas por fatos.
No momento, apenas o caso de adulteração do Posto HD 11 foi denunciado.
Outros crimes — incluindo adulteração em outros postos, lavagem de dinheiro e ligação com facção criminosa — ainda estão em fase de diligências e devem resultar em novas denúncias quando os inquéritos forem concluídos.
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Perguntas Frequentes
O que acontece com postos flagrados adulterando combustíveis?
Eles podem sofrer multas milionárias, perda de licença, processos criminais e obrigação de indenizar consumidores.
Consumidores que abasteceram no posto podem pedir ressarcimento?
Sim. O MP recomenda ações individuais ou coletivas para reparação de danos materiais, como manutenção de veículos ou prejuízos mecânicos.
Pode haver prisão nesses casos?
Sim. Crimes contra a ordem econômica e lavagem de dinheiro podem resultar em pena de reclusão, dependendo da gravidade e comprovação da participação.